O Controlo Remoto chegou à Construção

A IoT, vulgo Internet das coisas (Internet of Things) é um conceito que se refere à interconexão digital de objetos quotidianos com a internet. Trata-se de uma rede de objetos físicos (veículos, prédios e outros dotados de tecnologia, sensores e conexão com a rede), capaz de reunir e de transmitir dados, conduzindo a uma extensão da internet atual, que possibilita que objetos do dia-a-dia, desde que tenham capacidade computacional e de comunicação, se conectem à Internet.

A conexão com a rede mundial de computadores possibilita, em primeiro lugar, controlar remotamente os objetos e, em segundo lugar, que os próprios objetos sejam usados como provedores de serviços. Essas novas capacidades dos objetos comuns abrem caminho a inúmeras possibilidades, tanto no âmbito académico, como no industrial.

Na Indústria da Construção Civil, o objetivo da introdução da IoT pode resumir-se a uma palavra: produtividade. Segundo a pesquisa mundial realizada pela McKinsey Global Institute, a indústria da construção é a que menos consegue crescer em termos de produtividade, tendo crescido apenas 1% no período entre 2000 e 2017 contra a média de 3,6% noutros segmentos industriais.

Fazendo um exercício, estima-se que se o setor da Construção Civil conseguir aumentar a sua produtividade para 2%, significa um aumento de 1,6 triliões de US$ a mais na sua economia por ano.

As tecnologias mais procuradas dentro do universo da IoT estão relacionadas com o controlo de materiais e de equipamentos através de sensores, permitindo aprimorar aprovisionamentos, aperfeiçoar a logística, combater o desperdício e melhorar a qualidade da obra.

Podemos apresentar como exemplo os camiões-betoneiras monitorizados online, tanto pela central produtora como pelo cliente que irá receber o betão na obra, permitindo controlar as características do material, desde o ponto em que foi produzido até ao ponto de entrega.

Outra solução que a IoT traz para a indústria do betão é o acompanhamento da cura do material. Através de sensores acoplados às armaduras e que serão cobertos pelo betão, é possível saber com precisão quando o material atingiu um nível de resistência confiável que permita a retirada da cofragem e após o endurecimento do betão, os sensores seguem ativos, transmitindo informações ao longo do ciclo de vida da obra, informando se não houve penetração de cloretos ou se não há corrosão das armaduras da estrutura. Tudo isto controlado pela ferramenta mais acessível hoje em dia: o smartphone.


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