Betão Translúcido: mais uma Inovação na Construção

Na sequência da construção sustentável, uma empresa húngara desenvolveu um betão translúcido que permite a passagem de 70% da luz, ideal para aplicar em fachadas de edíficios, diferenciando-os dos demais.

O arquiteto húngaro Áron Losonczi apresentou esta inovação em 2001, revolucionando o mercado da construção, arquitetura e decoração de ambientes.

O betão translúcido surgiu da mistura de fibra de vidro com a composição de agregados, cimento, aditivos e água. Losonczi incluiu uma mistura de cimento com milhares de fibras óticas de diâmetros que variavam de 2 μm a 2 mm, distribuídas em camadas, permitindo uma passagem considerável de luz, através das estruturas.

Este material apresenta como vantagens uma maior maleabilidade e impermeabilidade em relação ao betão tradicional, além de maior resistência ao fogo. Estas características, aliadas à resistência, dificultam o aparecimento de fissuras e infiltrações. Além disso, permite uma economia energética, visto que cerca de 45% do gasto energético de uma casa é somente com a iluminação e apresenta também propriedades fungicidas, ideais para hospitais, clínicas e laboratórios.



Como desvantagens pode ser citado o alto custo do metro quadrado. Apesar da fabricação ser relativamente simples, o material custa cerca de €1.000 (euros) por m². Por ser uma tecnologia relativamente recente no mercado, a falta de mão-de-obra especializada é outra desvantagem, sendo necessário um tempo significativo até os profissionais se ambientarem com o betão translúcido.

Além disso, o material ainda não é reconhecido pelas normas técnicas atuais, sendo considerado como um produto com uso restrito apenas à decoração.

 

 

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